Colaborando

Você também pode estar colaborando com as crônicas, basta comentar o ultimo post falando sobre qual tema você gostaria que eu ler.
E também você pode acabar fazendo parte da crônica, basta um comentário dizendo:


"Me coloca na crônica!" ou "Faz eu aparecer nem que seja para morrer."


Então espero a colaboração de vocês, um abraço.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Diário de Bordo - Unidade Castor

Se você não leu a primeira parte, clique aqui >>> Diário de Bordo

Dia 1524, entre 09h27min às 11h42min.

Algumas horas depois da mensagem da Athena 5 ter sido ouvida, o tenente Phillip, um rapaz de vinte e dois anos, cabelos lisos e compridos, que ficou encarregado de avisar ao Almirante que a unidade Castor estava se dirigindo para as coordenadas do planeta Pluto33426, se dirige a Alastor:

- Senhor, já estamos em rota para Pluto33426, o Almirante já recebeu nossa mensagem e está enviando reforços, a divisão do comandante Rodrigo Sasori chegará nas coordenadas em sessenta e nove horas, cinco horas depois de nossa chegada.

- Obrigado tenente, vou para minha cabine, qualquer coisa que aconteça me avise na mesma hora.

-Sim senhor. Respondeu Phillip batendo continência.

Alastor, um homem imponente de quarenta e dois anos, passou a mão em sua cabeça para ajeitar seus cabelos negros e curtos por debaixo de sua boina, o símbolo de sua patente.

Então se levantou e dirigiu-se para sua cabine.

Quando estava chegando a sua cabine, encontrou Alinne, uma jovem atraente de seus vinte e dois anos, longos cabelos loiros amarrados, com uma grande confiança em seus olhos azuis, que bateu continência ao ver Alastor, ele respondeu da mesma maneira e ela saiu caminhando.

Ele ficou por alguns instantes admirando-a até ela entrar em uma sala ali perto, então ele continuou o seu caminho até sua cabine.

Quando entrou, tratou logo de colocar sua boina e seu casaco no armário, tirou suas botas que já o estavam matando de dor, sentou-se em sua cama e ficou ali parado por alguns instantes, até perceber que em seu computador havia uma mensagem do quartel general.

Sentou-se então em frente ao computador e começou a ler a mensagem.

Comandante Alastor Miguel Murdock, da divisão de combate Castor.

Chegou a nosso conhecimento que o senhor e sua divisão estão se dirigindo para as coordenadas do Planeta Pluto33426, onde a nave Athena 5 se envolveu em combate e infelizmente foi abatida.

O senhor deve te o conhecimento de que Rodrigo Sasori e sua divisão já estão se dirigindo para o local para auxiliá-lo no resgate.

Mas há mais coisas que ainda não sabe, e pela segurança de sua divisão e da divisão de Sasori, estamos lhe enviando em anexo um documento altamente secreto sobre as condições de vôo no local e também sobre quem atacou Athena 5.

Fique ciente de que esse documento deve ser lido somente pelo senhor, e as informações contidas nele devem ser mantidas no mais absoluto sigilo, confiamos em seu julgamento para revelar essas informações a quem lhe for conveniente.

Espero receber relatórios periódicos sobre sua viajem.

Boa sorte.

Almirante Almeida.

Após ver a mensagem, Alastor começou a ler o documento que estava em anexo.

Dia 1524, entre 15h e 19h20min.

Alastor acabará de ler todo o documento, e ainda não tinha absorvido toda aquela informação, todos aqueles segredos estavam fazendo a cabeça dele girar, mas pelo menos agora ele já sabia contra o que vai lutar tendo assim uma chance maior de vencer.

Vestiu sua bota e seu casaco, lavou o rosto no banheiro e quando olhou no espelho percebeu que já há algum tempo não fazia sua barba, mas tinha coisas mais importantes para cuidar agora, como pensar em quem pode e quem não pode saber dessas informações.
Sua verdadeira vontade era de contar para toda a sua tripulação, mas isso só iria gerar pânico, então decidiu enquanto colocava sua boina para sair de sua cabine que por enquanto não falaria nada.

Dirigiu-se então até a cabine de comando para ver como estavam às coisas por lá.
Chegando à cabine sentou-se em sua cadeira, e ficou pensativo por alguns instantes até que Cleberth que sempre fora um bom amigo se dirigiu até perto do comandante e perguntou:

- O que está te preocupando Alastor, você não costuma ser assim.
Alastor queria naquele momento contar tudo para seu amigo, cada detalhe e pedir um conselho sobre o que fazer, mas preferiu ficar em silêncio por enquanto, pois não queria preocupar seu amigo.

-Não é nada, só estou cansado.

Mesmo percebendo que seu amigo e comandante estava mentindo, Cleberth voltou para seu lugar imaginando o que poderia estar o incomodando tanto.

Depois de muito pensar no que falar para sua tripulação sem que esses ficassem apavorados ele decidiu fazer uma reunião com todos os oficiais para deixar todos a par da situação, ou pelo menos contar uma parte do documento.

- Phillip, avise aos generais de frota que quero todos na sala de reunião amanhã as oito em ponto.

- Sim senhor – Disse Phillip já preparando o rádio para o comunicado.

Então Alastor se levantou e saiu da cabine de comando.

Cleberth ainda preocupado com seu amigo e comandante disse a Phillip.

-Alastor não está bem, tem algo o incomodando, e acredito que essa reunião de amanhã não será uma reunião normal.

- Seja lá o que estiver acontecendo, confio nele, e sei que por maior que o problema seja, ele vai achar uma solução para tudo.

Respondeu Phillip enquanto preparava a mensagem para os oficiais.

Cleberth então volta a se concentrar nos radares e painéis de navegação, mas um misto de medo e ansiedade pairava sobre sua mente.

O comandante Murdock caminha em direção a sua cabine pensando no que deveria dizer na reunião que acabará de convocar, e também em como dizer se que seus soldados ficassem apavorados, enquanto a voz de Phillip nos auto falantes avisavam os oficiais que amanhã às oito horas tinham todos que se dirigir para a sala de reuniões.

Já em sua cabine, Alastor colocou novamente sua boina e seu casaco no armário tirou suas botas e sentou-se por alguns instantes em sua cama, logo depois se levantou e pegou uma garrafa de Whisky no frigobar para ver se conseguia aliviar a tensão de sua cabeça.

A reunião de amanhã não será fácil, terei que ser muito cauteloso com minhas palavras para que todos se sintam seguros nessa unidade. Pensou ele enquanto aquele Whisky descia rasgando em sua garganta.

Depois de tomar mais umas duas doses, ele se deitou para finalmente descansar um pouco.

Dia 1525, entre 07h e 09h45min.

Alastor se levantou com o tocar de seu despertador martelando em sua cabeça, se dirigiu até o banheiro para banhar-se.

Após sair do banho e se olhar no espelho, pensou ele que era a hora de tratar de sua aparência, pois hoje seria um dia que seria sempre lembrado por sua unidade, e queria estar nessa lembrança com uma boa aparência, sendo essa lembrança boa ou ruim.
Colocou-se então a fazer sua barba.

Enquanto isso os oficiais todos se dirigiam para a sala de reunião, todos se perguntavam o que Alastor tinha de tão importante para lhes dizer, pois não era de seu feitio fazer reuniões dessa maneira.

Quando todos já estavam devidamente acomodados, o comandante entrou na sala já com uma nova aparência e bem vestido com o uniforme de sua divisão.

Foi possível ouvir alguns comentários que diziam: - Eu disse que ele era bonito. Vindo das generais de frota.

Quando todos já estavam em silêncio, Alastor deu uma boa olhada para todos fazendo com que todos percebessem a gravidade da situação.

Ficou ali só olhando seus oficiais por mais ou menos uns cinco minutos até que então começou a falar.

- Senhoras e senhores, como todos sabem, nós da unidade Castor estamos em uma missão de resgate dos sobreviventes da Athena 5, que por sua vez se envolveu em combate com um inimigo até então desconhecido.

Alguns múrmuros foram ouvidos nesse momento, mas logo foram interrompidos pela voz do comandante que continuou a falar.

- Sim, digo até o momento, pois ontem recebi do quartel general esse documento – e agitou uma pasta no ar – contendo informações até então desconhecidas por nossa unidade, informações essas que depois de refletir muito a respeito decidi que como comandante dessa unidade tenho o dever de informá-los o que realmente podemos encontrar.

- A unidade Athena 5, entrou em confronto com o que os nosso superiores chamam de Paladinos, uma raça de seres inteligentes, que possuem uma tecnologia não muito mais avançado do que a nossa.

- Eles são mais fortes e inteligentes do que nós e se denominam os protetores do universo.

- Algumas de nossas unidades já estiveram em combate com esses Paladinos antes, e poucas voltaram para relatar melhor sobre eles, então ainda não sabemos o porquê deles nos atacarem sem nem mesmo perguntar se somos amigos ou inimigos, mas eu sei de uma coisa, – disse tirando e rasgando os papéis que estavam na pasta – eu não vou deixar que minha unidade seja derrotada por uma raça que se quer tem a capacidade de tentar se comunicar com nós humanos, para mim eles não são mais do que animais selvagens pilotando naves, e minha unidade não será derrotada por animais.

- Até hoje não houve seque uma vitória contra esses Paladinos, mas senhores, se essa é mesmo a verdade, nossa missão pode entrar para a história, nossa unidade será a primeira a colocar esses porcos para correrem, pois a opção de ser derrotado por eles não existe, temos homens naquele lugar precisando de nossa ajuda e eu não vou abandoná-los, então se houver algum de vocês que não esteja disposto a se arriscar ou arriscar a vida de seus homens, terá a minha permissão para se retirar agora dessa unidade.



Alastor ficou olhando para todos por alguns instantes em silêncio, até que retomou o seu discurso.

- Em mais ou menos quarenta horas, chegaremos a nosso destino, e há a possibilidade de entrarmos em combate na nossa chegada, então nessas quarenta horas que nos restam, vamos formar nossa estratégia de combate.

E dizendo isso encerrou a reunião e saiu aplaudido de pé por seus homens.
Nas horas seguintes que se passaram, Alastor e seus oficiais ficaram decidindo sobre a estratégia de combate com base nas poucas informações enviadas pelo QG.

Dia 1526, 21h32min.

- Senhor, em doze minutos nós atravessaremos um cinturão de asteróides, creio que seja o mesmo que pegou Athena 5. Disse Cleberth.

Nesse mesmo momento, os alarmes começaram a soar, e vários pontos do que apreciam ser naves começaram a aparecer nos radares, então o Comandante Alastor Miguel Murdock se levantou, ajeitou sua boina e disse.

- Preparem os canhões de íons e lacem os cruzadores de batalha assim que cruzarmos o cinturão de asteróides.

E com um sorriso no rosto terminou.

- Parece que a nossa recepção vai ser um tanto quanto calorosa.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

O Guitarrista

Eu estava sentado na platéia de um talk show onde uma banda de Jones músicos se preparava para se apresentar, eu estava bem interessado em sua apresentação.
Então o ambiente ficou mais escuro e comecei a ouvir o som de uma guitarra solitária, a musica era muito familiar, parecia muito com Smell Like Tenn Spirits do Nirvana, um holofote então parecia procurar o jovem guitarrista como se ele não devesse estar ali, subitamente um homem aparentando seus trinta e seis anos, cabelos lisos e curtos, a barba por fazer e vestes esportivas entrou no palco andando na direção do Contrabaixo.
O holofote quando o encontrou não saiu de cima dele, enquanto isso nosso guitarrista misterioso continuava com sua melodia agitada, tocante, vibrante, porém, aparentemente sem controle, como se algo dentro dele estivesse gritando querendo sair.
O homem então começou a dedilhar seu contrabaixo acompanhando o jovem guitarrista, mas ao mesmo tempo parecia estar tentando conter o ritmo desordenado da música.
Suas batidas nas cordas eram firmes e imponentes, soava como uma advertência de um professor severo e ao mesmo tempo mostrava respeito e carinho de um irmão.
Depois de alguns segundos os dois instrumentos já estavam soando na mesma freqüência, quando então um jovem sobe ao palco, vestindo roupas agressivas, calça jeans rasgadas, um coturno preto com detalhes em metal, sua camisa preta desbotada com a imagem de uma banda que eu não soube distinguir qual era, seus olhos focados em seu instrumento do outro lado do palco, com um par de baquetas pretas em suas mãos.
Ele sentou e logo começou a tocar de uma maneira totalmente doida, toda e qualquer batida que ele dava com suas baquetas soava como se ele tivesse batido duas vezes no mesmo local, parecia até que haviam colocado a bateria em um dalay, mas ao prestar mais atenção em seus movimentos, percebi que ele realmente estava fazendo aquilo, e ainda assim ele conseguia se manter no ritmo da música.
Parando então para analisar melhor o momento, o baterista parecia também estar agindo sobre nosso guitarrista misterioso, as suas batidas pareciam fazer nosso guitarrista tremer por dentro, às vezes parecia que eu podia vê-lo dobrar os joelhos ao ponto de quase cair desmaiado, mas então o som do nosso contrabaixista o mantinha firme de pé e no ritmo.
Era perceptível a troca de olhares apreensivos entre os dois músicos no palco, como se soubessem exatamente o que estavam fazendo, mas ao mesmo tempo tinham medo de tudo aquilo, então um sinal e o nosso baterista começou a cantar, mas não havia microfone para ele, fazendo assim com que não escutássemos a canção, parecia ser algo extremamente forte, reconfortante e misterioso.
Movimentei-me então para chegar mais perto do palco para tentar escutar a letra da música que passou a me interessar muito, mas estava difícil se aproximar do palco.
E aquela musica soava em meu peito como se eu já tivesse escutado antes.
Quando cheguei finalmente ao lado do palco algo parecia estar errado, o nosso baterista estava com um olhar preocupado, percebi então que o som da guitarra estava voltando a ficar em um ritmo descontrolado, mais forte e agressivo, o nosso contrabaixista parecia não estar conseguindo controlar a musica.


Percebi o baterista errar, nesse momento ele parou de movimentar suas baquetas tentando encontrar o ritmo só co o movimento de seu pé controlando o chimbal, parecia estar dando certo, mas seu olhar ainda preocupado começou então a girar as baquetas em sua mão, em um súbito movimento parou o giro das baquetas e partiu para um repique na bateria para voltar a musica, mas em sua quarta batida parecia que o som de nosso guitarrista tivesse o expulsado da música fazendo-o errar, e novamente voltar ao ritmo apenas com o chibal.
Aquela cena se repetiu por mais umas duas vezes, era como se ele tentasse passar por uma barreira que o empurrava para longe.
Ele estava já com um olhar desanimado quando então girando suas baquetas, fechou os olhos se concentrando no som, mas não só no som, ele parecia estar sentindo os sentimentos vindos daquela musica.
Esboçou então um sorriso e partiu para uma tentativa definitiva de se estabelecer na musica, desta vez enquanto o som da guitarra parecia desesperadamente o colocar para fora mais uma vez, seus olhos cheios de confiança e seriedade, pareciam prever cada som, cada solo, cada harmônico e pausa conseguindo então mais uma vez entrar na música.
O contrabaixista também sorrindo, conseguira novamente controlar a música.
Então nosso baterista voltou a cantar, mas os sons dos instrumentos encobriam a voz dele, tirando assim todas as minhas chances de apreciar aquela canção.
No fim houve a pausa dos instrumentos e pude ouvir o baterista finalizando com a frase.
“O som do sentimento.”
Os dois músicos saíram do palco antes mesmo dos aplausos, mas eles estavam visivelmente felizes com o que tinham acabado de fazer.
Então acordei com meu nariz irritado, e com frio em meus pés.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Diário de Bordo

Dia 1522, 15h30min.

Depois de atravessar um cinturão de asteróides, tivemos que reduzir a velocidade dos motores para fazer reparos na espaçonave, trinta de nossos mecânicos estão em serviço, tivemos muitas avarias, nosso sistema de navegação está muito danificado, vamos ter que ficar em velocidade nível um para que possamos fazer todos os reparos necessários.

Dia 1522, 17h30min.

Nossos radares começaram a mostrar uma movimentação de algo que parece ser algum tipo de espaçonave não muito longe daqui, tentamos contato, mas sem retorno, parece ser algum tipo de pane em nosso sistema.

Dia 1523, 02h48min.

Uma nova chuva de meteoritos está se aproximando de nossa espaçonave, por segurança decidimos recolher nossos mecânicos até segunda ordem.
Os radares continuam com defeito mostrando o que parece ser uma frota de espaçonaves, vindo em nossa direção.

Dia 1523, 14h12min.

Mesmo com todos os esforços de nossos técnicos o problema de nossos radares ainda não foram solucionados, o Capitão Jonny Phoster decidiu por preparar nossas defesas por medida de segurança, nossos mecânicos já voltaram a atuar nos reparos de nossa nave para que possamos sair desse lugar o quanto antes.

Dia 1523, 19h23min.

O Capitão disse estar com um mal pressentimento, os radares pararam de apontar qualquer coisa que seja, mesmo assim ele ordenou que as defesas continuassem armadas.
Os reparos de nossa nave estão em ritmo acelerado, os engenheiros afirmam que amanhã poderemos acelerar os motores até o nível três.

Dia 1523, 23h37min.

Acabamos de ser atingidos por um forte raio de íon, cinco de nossos mecânicos foram feridos, um não resistiu aos ferimentos.
Cinquenta de nossos exploradores foram postos para voar e descobrir de onde esse raio possa ter vindo, o Capitão está apreensivo com a situação.

Dia 1524, 00h04min.


Nossos exploradores foram todos abatidos, estamos sobe ataque, nossa nave mãe não consegue aceleração acima de nível dois, e nessas condições não podemos colocar nossos mecânicos para continuar os reparos.
Estamos enviando cruzadores e mais exploradores para retardar o inimigo enquanto preparamos nossa frota de batalha.

Enviando primeiro sinal de emergência.

Dia 1524 00h28min.

A frota de nosso inimigo é muito forte, já abateram quase todos nossos exploradores e cruzadores, estamos enviando agora nossa frota de batalha.
Nossas naves de evacuação também estão sendo preparadas para uma emergência, estamos programando o vôo delas para um planeta próximo daqui com condições de vida.

Enviando segundo sinal de emergência.

Dia 1524 01h23min.

Preparando evacuação de civis da nave mãe, 13.528 civis estão sendo enviados para o planeta Pluto33426, um terço de nossa frota já fora abatida e a frota inimiga continua avançando, Jonny está manobrando a nave mãe para o combate.

Enviando primeiro sinal de emergência de nível 5.

Dia 1524 02h54min.

Estamos nos preparando para uma retirada, a tripulação da nave mãe irá abandonar a nave e se retirar em exploradores rumo ao planeta Pluto33426, acreditamos que elas são mais eficazes para a retirada.
O capitão ficará na nave para dar cobertura aos demais tripulantes.

Enviando segundo sinal de emergência de nível 5.

Dia 1524 03h12min.

Capitão Jonny Phoster, responsável pela espaçonave de reconhecimento e colonização Athena 5, ultimo registro do diário de bordo.
Após constante batalha ordenei a retirada de todos os meus homens, essa batalha foi perdida, ainda não descobri contra quem o que estamos lutando senhores, mas é mais forte e inteligente do que nós.
Conseguimos abater poucas naves inimigas, vou agora tentar me retirar em um cruzador enquanto há tempo.
Peço que nos ajudem.

Enviando terceiro sinal de emergência de nível 5, diário de bordo em anexo.

Após ouvir a mensagem o Tenente Bob se dirigiu ao comandante da frota:
- Senhor esse foi o ultimo registro de Athena 5, poucos minutos depois a nave desapareceu do radar.
O comandante da frota deu uma leve coçada em sua cabeça, ajeitou sua boina e se levantou.
- Cleberth, calcule o tempo de chagada para as coordenadas do planeta Pluto33426.
- Tenente, envie uma mensagem para o Almirante avisando sobre nossa missão.
Cleberth, logo respondeu:
- Tempo estimado, 64h senhor.
Dia 1524, 07h18min.
Divisão de combate interestelar Castor, comandada por Alastor Miguel Murdock se dirigindo para as coordenas do planeta Pluto33426.
O comandante novamente sentou-se em sua cadeira com o olhar aflito nos radares, não demonstrou nenhuma reação, apenas ficou ali sentando e sussurrou para si próprio.
- Aguente firme filho, estou chegando.


Diário de Bordo Parte 2 - Unidade Castor

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Alamuth

O sol acabara de se levantar pelas planícies enquanto Alamuth terminava de colocar suas vestes de batalha, uma armadura de escama de dragão ornamentada com ouro e um brasão de seu exercito no peito.
Alamuth com seu olhar vidrado em sua espada demonstrando grande preocupação permaneceu ali por vários minutos, fiquei tentando em vão imaginar o que se passava em sua cabeça naquele momento até que fora interrompido pelo tocar de uma corneta anunciando que a hora havia chegado.
Nesse momento então ele se levantou já com uma expressão totalmente diferente, havia ódio em seu olhar, embainhou sua espada, pegou seu elmo, respirou fundo e saiu em direção a seu cavalo caminhando firme, tive a impressão de sentir a terra tremer quando passou por mim.
Os outros homens montaram em seus cavalos e se puseram em formação de batalha, enquanto Alamuth apenas fitava o horizonte esperando a chegada do inimigo.
Ao primeiro sinal do inimigo Alamuth dirigiu se a seu exercito e posse logo a falar:
- A nossa frente se encontra nossos inimigos homens, eles nos insultaram, fizeram acusações infundadas contra nosso povo e é por eles que estamos aqui hoje, não para defender a sua ou a minha honra, mas sim para defender a honra de um povo que sempre preferiu viver na honestidade e na paz do que usar de palavras maliciosas para promover o ganho de poder e riquezas.
- O poder e a riqueza de cada um de nós estão ai dentro de cada um de vocês, pulsando em seus peitos e correndo em suas veias.
Disse batendo em seu próprio peito. À medida que Alamuth falava, o exercito inimigo ficava cada vez mais próximo e já era possível ver a tamanha diferença de seus exércitos, essa batalha já parecia perdida, e agora entendera a preocupação que ele demonstrava minutos antes.
- Eles são muitos? Sim eles são muitos e eu não posso garantir a vocês que hoje venceremos essa batalha, mas posso sim prometer a vocês que ao final dessa batalha, a honra de nosso povo estará limpa como a água nasce nas montanhas e alimenta nossos rios.
- Hoje homens, comando esse exercito com orgulho sabendo que lutarei ao lado dos mais bravos guerreiros que conheci hoje homens, me despeço dessa vida com orgulho e espero com todas as minhas forças poder lutar novamente ao lado de vocês em outras vidas.
E virando-se em direção ao inimigo, sobre os urros de aprovação de seus soldados, colocou-se a cavalgar em direção ao campo de batalha gritando:
- Pela honra!
Todos seguiram Alamuth em direção ao campo de batalha mesmo sabendo que apenas a morte os esperava.


Naquela manhã, aquelas planícies se transformaram em um mar de sangue, mas nem todos os soldados de Alumuth encontraram a morte.
Após a batalha, o povo de Alamuth viveu por décadas em paz.
Desde então a história de Alamuth, o príncipe que lutou contra o exercito de seu próprio pai, até o ultimo fio de vida se esvair de seu corpo, é contada com orgulho por seu povo.
O corpo de Alamuth nunca fora encontrado.
Pouco tempo após a batalha o rei fora assassinado, algumas pessoas afirmam que Alamuth sobrevivera, arrancara a vida de seu pai e foi viver sozinho nas montanhas.

sábado, 23 de abril de 2011

No faroeste...

Em uma cidadezinha do velho Oeste tão pequena que nem me lembro do nome, presenciei um fato interessante e engraçado, quando passava por lá.
Entrei em um saloom para tomar um copo de rum. Sentei em um banco em frente ao balcão. O local era pequeno, tinha poucas mesas e, naquele dia, poucas pessoas estavam lá. Não me lembro bem dos detalhes do lugar, mas reparei em dois homens que estavam em uma mesa jogando poker.
Um deles era alto e magro tinha os olhos e cabelos escuros. Os cabelos chegavam até os ombros e suas sobrancelhas faziam com que seu rosto ficasse esteticamente perfeito.
Já o outro era forte, tinha uma barba cheia e olhava sempre com desconfiança para seu adversário. Suas cartas quase sumiam em suas mãos.
Então começaram a aumentar suas apostas.
O homem forte pediu três cartas e aumentou a aposta; o mais alto pediu apenas uma carta e apostou tudo o que tinha.
Então o forte disse:
- Não me venha com esses seus joguinhos seu malandro, sei muito bem o que está fazendo, pois o terceiro pelo da sua sobrancelha esquerda, contando da esquerda para a direita, parece dançar tango quando você blefa.
O outro deu uma levantada em uma de suas sobrancelhas com um olhar de quem não entendia direito o que ouviu.
Então o barbudo continuou:
- Sei também que está com um ás de copas em sua manga e que, em seu bolso interno, do lado direito do colete, está uma camisinha usada há três dias, quando você teve que sair às pressas pela janela da casa do xerife, onde estava fornicando com a mulher dele, quando escutou o quarto degrau do segundo lance de escadas ranger e, com o fato de estar mais preocupado de sair dali sem ter três buracos no peito e um na cabeça, acabou esquecendo que havia colocado a camisinha no bolso. E o fato de fumar há muito tempo afetou o seu olfato, fazendo, assim, com que você não percebesse o cheiro azedo que exala de você.
E como um trovão, o forte homem levantou, jogando a mesa para cima. Sacou sua pistola e disparou quatro tiros em seu adversário.
Nesse momento, ainda atônito, percebi em seu peito uma estrela brilhando.
Ele, então, se virou e saiu.
Logo em seguida, tomei meu copo de rum em apenas um gole e resolvi sair dali. Mas tratei de passar perto do corpo ainda quente estirado no chão, com três tiros no peito e um na cabeça, um ás de copas saindo de sua manga e um forte e azedo odor exalando de seu corpo.